Um agradecimento especial ao leitor Jose Fernando Vazquez da Urbana Arquitectura (veja seu trabalho já apresentado no ArchDaily.com) que compartilhou estas imagens do incrível Museu Kolumba conosco. Situado em Cologne, Alemanha, uma cidade destruída pela II Guera Mundial, o museu abriga a coleção de arte da Arquidiocese Católica Romana que se estende por mais de mil anos.
O projeto de Zumthor delicadamente renasce das ruínas de uma igreja do gótico tardio, respeitando a história do lugar e preservando sua essência. “Eles (a Arquidiocese) acreditam nos valores próprios da arte, sua capacidade de nos fazer pensar e sentir, seus valores espirituais. Este projeto surge de dentro para fora e a partir do local”, explicou Zumthor na abertura do museu.
Zumthor, cuidadoso com o uso dos materiais, e especificamente com seus detalhes construtivos, utilizou tijolo cinza para unir os fragmentos destruídos do lugar. Estes fragmentos incluem as peças remanescentes da igreja gótica, ruínas de pedras dos períodos romano e medieval, e a capela para “Madonna of the Ruins” projetada pelo arquiteto alemão Gottfried Böhm em 1950.
A fachada de tijolos cinza integra o que restou da fachada da igreja com a nova imagem de um museu contemporâneo. Articulada com perfurações, o tijolo permite luz difusa que preenchem espaços específicos do museu. Conforme o passar das estações, a “luz mosqueada se desloca e brinca pelas ruínas”, criando um ambiente pacífico em constante mudança.
O museu possui 16 salas de exposição diferentes e, no coração do edifício, um pátio ajardinado secreto – um local calmo e isolado para reflexão.
A materialidade desempenha um importante papel na totalidade do desenho, e Zumthor, conhecido pelo tempo que leva para desenvolver seus projetos, pesquisou por um bom tempo o material perfeito.
Confeccionados artesanalmente por Petersen Tegl da Dinamarca, os tijolos são especificamente desenvolvidos para este projeto, uma vez que foram inflamados com carvão para incutir uma tonalidade acolhedora.